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Pequeno manual de notícias falsas

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Como saber se uma notícia veiculada na internet é falsa? Com um pouco de conhecimento e as ferramentas certas, é fácil desbaratar qualquer farsa. Basta querer.

Então vamos aos critérios:

1. Qual é a fonte?

Até a assessoria do Senado já deu o recado
Até a assessoria do Senado já deu o recado

A primeira pergunta para saber se uma notícia confiável é: de onde veio? Se você sequer sabe de onde o texto ou a imagem foram tirados, já é um indício de farsa. Se veio da (o) sua (seu) tia/prima/vizinho/amigo de infância, é outro indício de notícia pouco consistente porque, eles, assim como você, não devem ser especialistas no assunto. Blogs e páginas do Facebook das quais você nunca ouviu falar também são suspeitos.
Mas mesmo que as fontes sejam dúbias, isso não necessariamente anula a veracidade de uma notícia. Se algum amigo seu te ligasse no dia 1º de maio de 1994 falando que o Senna morreu, você duvidaria, certo? Qual é a primeira coisa que iria fazer? Ligar a TV para ver o que os jornais estão falando. Como jornalista, eu iria entrar na internet (finge que tinha internet na época) e conferir a capa dos principais portais de notícias. Leia o resto deste post »

Financie pequenos agricultores e empresários

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Às vezes, tudo o que uma pessoa precisa é de um pequeno empurrãozinho financeiro para começar seu negócio. Algo da ordem de R$ 5 mil ou até mesmo R$ 500,00 para comprar suprimentos e montar uma lojinha. O que acontece é que muitas vezes esses micro micro agricultores ou empresários ao redor do mundo não têm sequer uma conta no banco, que dirá acesso a crédito na praça.

É aí que surgiu o microcrédito, um conceito que surgiu na Índia e tem como objetivo dar esse voto de confiança inicial que essas pessoas precisam.

Mas e você com isso? Você agora pode colaborar emprestando dinheiro para as companhias de microcrédito. Funciona assim: você entra no site da Kiva e escolhe um projeto para financiar. As quantias variam, mas é possível começar com 25 dólares. A Kiva empresta esse dinheiro para um empresa de microcrédito local e quando a quantia desejada for atingida, esse dinheiro é emprestado para o pequeno agricultor ou comerciante (a maioria dos projetos estão na África ou países mais pobres da América Latina). Quando o agricultor conseguir fazer seu dinheiro render, ele paga o empréstimo de volta e você também recebe o seu dinheiro de volta.

E então pode financiar mais um projeto e fazer tudo girar novamente.

Reclame dos serviços públicos

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Já falei aqui do Reclame Aqui, que me ajudou inclusive no caso da Ricardo Eletro.

Agora o mesmo portal lançou uma ferramenta para os cidadãos reclamarem dos serviços da cidade. O Reclame Aqui Cidades.

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Ainda é um serviço que está no início, mas quanto mais pessoas usarem, mais pressionada as prefeituras vão se sentir a responder e criar uma estrutura melhor de atendimento ao cidadão.

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O trânsito é o campeão de reclamações de São Paulo. Quem está surpreso?

 

Leia outros posts sobre cidades e serviços públicos:
A Classe Média e o SUS
Multa Moral
Ocupando a Cidade

Pagando para poluir

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Quando o mercado de créditos de carbono surgiu, muita gente ficou satisfeita. Afinal, que ideia melhor do que dividir a quantidade total de carbono que podemos emitir em pequenas porções que podem ser trocadas?
Anie Leonard, minha heroína pessoal, lança mão mais uma vez de desenhos fofinhos para explicar porque essa não é uma boa ideia.

Vale a pena ver também:
A história das coisas
A história da crise
Projeto A história das coisas (inglês)

Faça nada por 2 minutos

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O propósito do site “Do Nothing For 2 Minutes” é justamente esse: fazer você não fazer nada por 120 segundos inteiros. Para te forçar a essa artimanha, existe um contador regressivo que volta à estaca zero toda vez que você move o mouse ou aperta alguma tecla.Enquanto você está no site, ouve o som de ondas do mar e vê uma bela paisagem.

 

Você consegue?

Parece bem fácil, afinal, o que são dois minutos? Mas para quem não gosta de esperar nem cinco segundos para a página abrir, pode ser um baita desafio. Enquanto eu ouvia as ondas indo e vindo, meu cérebro não parava de viajar: pensava na roupa que estava de molho, nos e-mails a ler ou mesmo me perguntava como teria sido gravado o som que é tocado no site, de qual praia teria vindo.

Se você é como eu, e só consegue diminuir a velocidade do pensamento “à força”, essa pode ser uma boa.

Financie quem você acredita

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Conseguir financiamentos para projetos sociais é um problema. Apesar de a bondade ser difundida pelo país como algo positivo, nenhuma empresa ou investidor está disposto a liberar a grana sem ter algo em troca. Para quem tem pequenos projetos então, a missão parece impossível.

Mas existem agora ferramentas na internet (sempre ela!) que permite que pessoas como eu ou você financie pequenos projetos. Uma delas é o site Catarse. Na química, catarse é o elemento ou o processo que tem a função de acelerar uma reação. E é essa bem a função dessa iniciativa: fazer ideias bacanas decolarem.

Eu ajudei um projeto que se chama “A Fantabulosa Caixa de Livros“, uma coletânea de livros infantis que falam sobre meio ambiente. Em qualquer um dos projetos, você pode ajudar sem esperar nada em troca, ou pode escolher um “prêmio” pela sua doação. Caso a meta não seja atingida dentro do prazo, você recebe o dinheiro de volta para aplicar em outras iniciativas do site.

Bacana, não?

Links com consciência #2

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Especial revistas:

Vida Simples: publicação super bem feita que incentiva uma vida com menos correria, menos coisas e mais reflexão. Entre as seções está uma que traz sempre a história e o pensamento de um filósofo diferente. Também tem guias práticos para uma vida mais organizada, períodos sabáticos, etc.

Bons Fluidos: é uma revista mais “zen”, no sentido pop do termo. Traz sempre reportagens sobre alimentação natural, oráculos e tratamentos naturais de beleza.

Página 22: é uma revista que só conheço pela internet, e ainda assim a considero única. É feita pela Fundação Getúlio Vargas e tem como mote “informação para o novo século”. Trata de temas modernos com um viés crítico. É uma publicação para quem já está em um segundo nível de conhecimento sobre sustentabilidade e direitos humanos.

TPM: entre todas as revistas femininas, essa é a que tem o melhor enfoque, na minha opinião. É feita para mulheres que querem ler sobre moda, beleza e comportamento sem cair no fútil.

Quando o SAC, a ouvidoria e o Procon não atendem

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Ontem tive problemas com o serviço de uma empresa. O SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) não resolvia, a ouvidoria nãoconversava e o Procon não atendia. Fui ficando num stress sem fim. Aí descobri o site Reclame Aqui, no qual consumidores podem postar reclamações sobre empresas de maneira bem simples. As empresas podem (e devem) entrar em contato. A cada problema resolvido eles ganham pontos positivos e sobem num ranking. Por outro lado, a cada reclamação não finalizada, a empresa ganha pontos negativos e pode ir parar na lista de entidades com maior número de clientes insatisfeitos. Continuei estressada, mas pude desovar vários problemas que tenho com outros serviços.

Hoje de manhã a funcionária de uma das empresas ligou e aparentemente resolveu o meu problema, provando que o sistema funciona. É importante que os consumidores tomem consciência de sua força como grupo. Vou ver se pelo menos agora não fico engolindo sapo.

Links com consciência

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Para quem quer ler sobre árvores:

De verde casa: O blog da Juliana Valentini fala muito da sua relação com as plantas. Ela tem cultivado uma pequena horta (e uma sementeira de Manacás) e tam uma visão bem bacana sobre o mundo.

Urban Nature: Esse site tem principalmente fotografias, e mostra como a natureza sobrevive em meio ao concreto das cidades.

Árvores de São Paulo: É interessante mesmo para quem não mora na capital paulista. Fala de espécies nativas da região que crescem em plena rua.

Tree Project: Criado por Hiroshi Suinari. Ele teve a ideia de mandar sementes de árvores para pessoas em várias partes do mundo e acompanhar seu desenvolvimento a distância. Mas não são sementes quaisquer. Elas vêm das Hibaku, árvores de Hiroshima que sobreviveram à bomba atômica.

Encurtador de URL verde

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Uma árvore a cada mil verd.ins

Com vocês, o verd.in! A promessa é que, a cada mil endereços encurtados, uma árvore seja plantada. Já foram cinco. Ainda está no início, mas a ideia me parece bastante promissora.

Para quem não é viciado em web sabe, um encurtador de URL é uma ferramenta que permite transformar um endereço gigante de página como esse https://blogsustentavel.wordpress.com/2010/11/18/encurtador-de-url-verde/ em um link curtinho assim: http://verd.in/nm1. Isso serve para poupar espaços em mensagens, facilitando o trabalho de quem navega pelo Twitter, por exemplo, e precisa dizer coisas em 140 caracteres.

Comunidade de Saúde

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Quando mudamos de cidade, uma das coisas que ficam para trás são seus contatos médicos. Aquele exame de rotina com o oculista que você frequenta desde criança, ou aquele médico que resolveu o problema da sua mãe e te ajuda quando você tem algo parecido, não existem mais. Mas, numa cidade totalmente estranha, como encontrar bons profissionais que atendam pelo seu convênio e não fiquem a 40 km da sua casa?
Quebrei a cabeça durante algum tempo e encontrei uma ferramenta super útil. É o site Help Saúde, que congrega médicos por especialidade, convênio e local. Se você gostar do atendimento, há um botão que permite recomendar o profissional. Pena que não dá para fazer comentários sobre os médicos e hospitais.

Sobre o que não sabemos

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Esses dias descobri uma publicação muito bacana, que chama Página 22. Eles têm um site e uma revista com propostas (pelo menos a princípio) parecidas com a deste blog. Descobri porque uma moça, a Aline, deixou um comentário aqui falando de lá (tá vendo como é importante comentar?).

Um dos textos que mais gostei foi um artigo da Flávia Pardini, fundadora da Página 22. Ela, por sua vez, fala de uma palestra da pesquisadora Esther Duflo, que finalmente atinge o cerne da questão: estamos muito mais perto da ignorância que do conhecimento.

Isso porque quanto mais se sabe, menos se sabe. Quando mais pesquisamos, aprendemos, nos informamos sobre o mundo que nos cerca, mais descobrimos o quão pequena é nossa sabedoria em relação há tudo que há por se descobrir. Tive esse sentimento quando entrei na univesidade, a impressão de ter saído menos sábia do que entrei, mas não no sentido de “emburrecimento”, mas de “ainda desconhecimento”.

O texto de Flávia Pardini se volta para uma das áreas mais delicadas do conhecimento humano: a medicina. Ela fala sobre o “Currículo da Ignorância Médica”, criado, entre outros, pela filósofa Ann Kerwin, para mapear como não se sabe nos círculos médicos.

E é assustador admitir que, após milênios de desenvolvimento e séculos de estudos nós ainda não sabemos muita coisa. De fato, pode-se também dizer que nós nem sabemos que não sabemos.

Vale muito a pena ler o texto, que pode ser encontrado aqui, e refletir e pesquisar sobre esse assunto. Fica a dica.

Por um breve instante*

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Porque estamos todos no mesmo barco

Quando eu tinha 12 anos quis sair de uma grande escola na qual estudava para ir para outra pequenininha, que ninguém conhecia.

Eu era uma pré-adolescente extremamente tímida e insegura, e me sentia muito só. Além disso, eu falava tão baixo que a maioria das pessoas não entendia o que eu dizia. Parecia que tinha medo da minha própria voz.

A coordenadora então me chamou para uma conversa, para saber por que eu queria deixar o colégio. Não me lembro bem o teor da conversa, mas lembro que no final ela disse: “nunca deixe de dizer o que você pensa”.

Isso me marcou de uma maneira bem peculiar. Hoje, outros 12 anos depois, converso com todo mundo, falo em público numa boa e não tenho medo de trocar ideias, mesmo com quem sabe mais do que eu. Trabalho com comunicação e tenho este blog, no qual escrevo o que me dá na cachola. É claro que muitas outras coisas aconteceram (e é natural que pré-adolescentes sejam tímidas), mas não posso deixar de pensar que a frase dita naquele dia tenha me influenciado a mudar. Tanto é que me lembro dela até hoje, como um momento de epifania.

Isso é importante pra dizer que 10 segundos que você gasta com uma pessoa podem mudar a vida dela, para o bem ou para o mal. Outro exemplo é esse texto maravilhoso que a  Silviàmélia, minha amiga que foi minha professora, escreveu no seu blog, o Tapete de Penélope:

“Por uma estação

Sápassado estava eu na estação Barra Funda. Entrei em uma das baias para aguardar o metrô. Perto de mim cinco crianças pequenas com a mãe nervosa esperavam. Um menino de uns 4 anos se afastou um pouco dela. Com um menino de uns dois anos no colo, a mãe soltou a mão de outro menino de uns 3 anos e voou neste de 4 anos que se afastava rumo aos trilhos do metrô. Apertou o braço do menino, deu um safanão e depois um tapa no rosto. O menino ficou chorando baixinho.

O metro parou. Entrou a mãe, as cinco crianças pretinhas, eu e as demais pessoas. A mãe berrou “não é pra sentáááá, vamos descer na próxima estação, não é pra dar de folgado aê” enquanto puxava pelos cabelos as duas meninas mais velhas – de não mais que 9 anos – que faziam movimento de que iam se sentar a despeito da repreensão verbal. Por fim a mãe se sentou com o menino mais novo e os demais ficaram no corredor. O menininho que apanhou na estação ainda chorava  baixinho. Ele olhou pra mim e eu olhei pra ele. Falei discretamente, quase sem som “quer colo?”. Ele nem respondeu, veio pertinho e eu o coloquei no meu colo. Na hora a mãe e os irmãos apontaram zuando. Eu abracei o menino e falei em seu ouvido “você é muito lindo”. Ele ficou feliz. Balancei as minhas pernas fazendo “upa, upa” discretamente. Os irmãozinhos olhavam sem zuar, já com ciúmes. Ele não chorava mais. Falei no seu ouvido “já tá chegando, é aqui que vocês vão descer, né”. Ele fez sinal de sim com a cabeça e voltou a chorar. Mais um abraço e eu o coloquei de pé. Ele fez “tchau” com a mão.”

Precisa dizer mais?

*Isso é um pleonasmo? Se for eu tenho licença poética, tá?

Multa moral

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Vi na revista Vida Simples (que chegou na minha casa esse mês não sei por quê) essa iniciativa bacana.

Lá no bairro Vila Madalena, em São Paulo, o pessoal criou um blog pra mostrar o que está errado e o que precisa melhorar na região, o Árvore da Vila. Em um dos primeiros posts eles criaram a chamada “Multa Moral”.

É uma espécie de talão de multas do cidadão. Toda vez que você vâ alguém estacionar em local proibido, desperdiçar água lavando calçadas e outros atentados à cidadania, pode entregar uma dessas pro sujeito.

clique na imagem para baixar a sua

Reuse, recarregue, reconstrua, recultive, repense

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O site WebEcoist reuniu em um artigo várias maneiras de diminuir o desperdício e reaproveitar todo tipo de coisas. Vale a pena ler alguns dos 28 artigos para uma vida mais verde. Eles ensinam a fazer desde uma horta hidropônica até como reaproveitar o controle do video-game, passando por painéis solares caseiros. Embora algumas ideias sejam um pouco difíceis de colocar em prática, como a construção de uma motocicleta elétrica, outras são bem simples, como a reutilização de envelopes de cartas.

O site é em inglês mas, para quem precisar, o Google Translate ajuda.

Fica a dica.