manifestação
Aqueles que não ouvem a revolução*
Assim como a maioria de vocês (acredito eu), fiquei extremamente tocada com o que vem acontecendo nas ruas todos os dias. Não são só manifestações, a atmosfera mudou, o nosso modo de pensar mudou. A diferença se vê nas conversas de bar, no papo com o porteiro, no conselho do garçom e, principalmente nas redes sociais.
Depois de tudo o que aconteceu em São Paulo no dia 13 de junho, a internet se consolidou como uma das mais importantes ferramentas de informação. Se eu soubesse contar o futuro, diria que esse foi o dia em que as redes sociais ultrapassaram a TV. Ultrapassaram porque nossos teclados foram mais velozes, nossas câmeras mais ágeis e o desejo de compartilhar a informação, a verdadeira informação, sem filtros, foi mais intenso. Leia o resto deste post »
Diálogos em tempos de revolta popular
Depois da manifestação linda e maravilhosa de ontem, dá pra ver que a rotina de SP mudou.
No supermercado:
Açougueiro: -Esse presunto nem tá tão caro, é R$ 20 o kg.
Eu: – Bom, vai sair mais barato que o ônibus né?
Açougueiro: -É verdade, o ônibus tá de matar. (…) Vai ter manifestação hoje?
Eu: – às 17hs, na praça da Sé. Vamos?
Açougueiro: – Olha, vou ver se vou sim, que do jeito que tá, não dá mais.
Todos às ruas!
Precisa falar alguma coisa mais?
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Para entender o que aconteceu no 13 de junho:
E mais:
– Do sonho ao vandalismo e à brutalidade (excelente reportagem da ISTOÉ)
– 24 momentos do 13 de junho que você não vê na TV
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Você precisar de mais argumentos, uma coletânea dos melhores textos:
– O pior relato do 13 de junho (policiais deixaram manifestante semi-nua no meio da rua)
– Sopro de primavera antes da festa da Fifa
– Manifestações de apoio marcadas na Europa
– Governo de Minas proíbe manifestações em todo o estado
– Milhares já escolheram os sapatos que não vão apertar (sobre a cobertura da mídia)
– Página do evento de hoje em SP (Facebook)
A hora é agora! Se você mora em São Paulo, encontre-nos hoje (17 de junho) no Largo da Batata às 17h. Se você mora em outra cidade, informe-se sobre os protestos que ocorrerão ou organize-os. Se você tiver medo de participar (é normal), coloque um pano branco na janela em solidariedade às vítimas da PM.
Pelo direito a um transporte público de qualidade!
Pelo direito à manifestação sem repressão!