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Onde está o seu lixo?

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Sabe onde vai parar aquela tampinha, aquele lixo inocente que as pessoas jogam na rua?

Ela é carregada por milhares de quilômetros, através de esgotos, rios, mares, oceanos, boiando nas correntes marítimas. E aí, no meio do caminho entre o continente americano e a Ásia, ela para nas praias de uma ilha. A ilha Midway.

E eis o que acontece quando os pássaros da ilha de Midway se encontram com a montanha de lixo que produzimos todos os dias:

O fotógrafo Chris Jordan pretende lançar este ano um documentário sobre a ilha. O vídeo acima é o trailler.

Acho que a gente precisa refletir não só sobre o lixo que a gente joga ou não na rua. Mas sobre o fato de que todo o lixo que produzimos vai para algum lugar. Principalmente o plástico. Dá para imaginar que todo o plástico já produzido e usado no mundo está intacto em algum lugar? (afinal, o material leva mais de um centena de anos para se decompor, mais tempo do que o que passou desde a sua invenção). Aquela tampinha da primeira coca-cola que você tomou, onde está? E aquele celular tijolão que você já teve? Tem componentes de plástico, onde estarão? E aquela boneca ou carrinho, que era o seu favorito? Está num lixão? Flutuando num oceano? Numa ilha?

Via Blog do Tas

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O que fazer quando a vizinha espanca o cachorro

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Muitos devem se lembrar do caso da enfermeira que matou o próprio cachorrinho yorkshire espancado em Goiânia. As imagens dos maus-tratos rodaram as redes sociais e geraram uma onda de indignação. A revolta acabou pressionando as autoridades e resultaram num inquérito e em indiciamento.

Mas muita gente se perguntou (e não posso deixar de me perguntar também) por que ao invés de denunciar, a pessoa que era vizinha da enfermeira escolheu gravar um vídeo e colocar no YouTube. Eu entendo que também seja um tipo de denúncia, mas me parece muito mais uma espetacularização do sofrimento animal.

porpeta
Vitório Porpeta diz: bater em animalzinho indefeso é crime!

Quantas fotos de animais maltratados rodam por aí? Quantas fotos, inclusive, das pessoas que teoricamente espancaram um animal são repassadas em corrente nas redes sociais, muitas vezes até sem provas concretas?

Não seria melhor que, ao invés de divulgarmos, gravarmos um vídeo e levarmos para quem realmente pode punir essas pessoas?

A Bia, do Gatoca, descreve direitinho o que se pode fazer nesses casos. Vale a pena conferir.

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Senso de injustiça é o básico

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Essa palestra do pesquisador Frans de Waal é bem interessante.

Ele mostra vários testes de comportamento animal que provam que macacos, elefantes e outros mamíferos sentem empatia, têm senso de colaboração e ficam fulos da vida se acham que estão sendo injustiçados.

Um dos melhores experimentos demontra na prática o que é receber um salário de R$ 600,00 enquanto a madame do outro lado da cidade recebe uma pensão de R$ 60 mil, e o que isso desperta nas pessoas. Quer ver? Avance até os 12 minutos e 44 seg.:

Pois é. Como disse Frans, o macaco da esquerda é aquele pessoal do Occupy Wall Street.

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De sapos a gatos

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Lucy antes…

Essa primeira foto foi tirada em fevereiro, no dia que eu resgatei a Lucy. Ela estava magrinha, imunda e esfomeada. De lá pra cá ela foi castrada, vacinada, vermifugada, bem alimentada e o principal: ganhou um local seguro para morar e muitos cafunés. Quatro meses depois, eis o resultado:

… e depois

Essa foto de celular não faz jus ao quanto ela está linda e feliz. É um poço de carinho. Pede colo todo dia e criou o hábito de fazer manha quando eu estou de saída pro trabalho. Brinca de lutinha e de pega-pega com as minhas gatas o dia inteiro. Sinceramente, meu coração aperta muito quando penso em doá-la. Como é que eu entrego essa criaturinha para um estranho?

ooohhh

Quando mostrei essa foto para o dono da banca (que se preocupa e pergunta todo dia sobre ela), ele chegou até a perguntar se era a mesma.

Essa comparação é para mostrar o quanto vale a pena ajudar um animal que vive nas ruas, que sofre. A gratidão deles por nós não tem medida. E o meu caso é ainda bem sem graça se comparado a alguns que já aconteceram na AUG. Outro dia vimos uma gata que antes era super agressiva (a ponto de atacar quando as voluntárias tentavam vaciná-la e medicá-la) se desmanchar de dengos diante dos carinhos da sua nova dona. O fato de se sentirem protegidos e amados é tão importante para os animais, que muitos deles mudam de personalidade na casa da família que o adotou.

Em tempo: a AUG está com uma campanha do agasalho para animais. Vale a pena participar.

**ATUALIZAÇÃO:
É claro que no final ela foi adotada. Por mim. A Lucy é minha e ninguém tasca!

Compre um jornal e ganhe um gato

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Foto por Dani Xavier, voluntária da AUG e catsitter profissional

Certo dia estava eu a caminho do restaurante perto do trabalho, quando me chamaram a atenção para um filhote em frente a uma banca. Como aqui em São Paulo muitas lojas têm gatos, e o bichano dormia em frente às revistas sem a menor cerimônia, achei que já tinha quem cuidasse dele. Qual não foi a surpresa, quando o jornaleiro me disse que o bichinho tinha aparecido ali naquele dia e resolvido “montar acampamento” por lá mesmo. Apesar disso, o dono da banca não parecia achar que o problema era dele (afinal, o problema dos animais de rua nunca é de ninguém, só da prefeitura, que não dá conta de solucionar a questão sozinha, mas enfim…) e me ofereceu a gata, como se fosse um brinde que acompanha a revista.

Já prevendo o desfecho, a frajolinha começou a ronronar feliz e pedir cafuné, provando que a escola da rua lhe ensinou muito bem a arte da chantagem emocional. Meia hora depois eu estava dentro de um táxi, com uma caixa improvisada e sem a mínima ideia do que fazer com aquele projeto de gato, apenas com a certeza que não podia deixar ela morrer sozinha na rua.

Desde então Lucy ganhou nome, lar temporário, banho, doses de vacina e vermífugo. Devorou o primeiro pote de ração como se fosse o fim dos tempos, correu atrás das minhas (duas) gatas até criar amizade e ronronou no meu colo por horas seguidas. Ela também foi castrada e está disponível para adoção na ONG Adote um Gatinho. Me ajudem a divulgar? Doaremos apenas para a grande São Paulo, para apartamentos telados ou casas seguras (onde ela não possa sair para a rua).

E para provar que a Lucy dá de dez em qualquer gato de madame, eis ela na caçada ao misterioso pontinho vermelho:

 

 

Escolha a sua causa

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oiê!

Depois que trabalhei na Oficina de Imagens (ou mesmo antes disso) fiquei com vontade de aderir a todas as causas. Queria ajudar crianças, queria ajudar animais, queria ajudar na conscientização política, enfim: queria fazer alguma coisa pra consertar o mundo (vejam a sensação de onipotência dessa pobre criaturinha). Achei que a melhor solução para isso era montar já uma ONG.

Mas aí, nessas aventuras pelo mundo do terceiro setor, aprendi algumas coisas. A primeira delas: é preciso ter foco. Não adianta tentar abraçar o mundo de uma vez. Isso porque o trabalho nessa área parece simples, mas não é. É preciso estudo, conhecimento, se aprofundar no tema.

A segunda coisa que aprendi é: montar uma ONG não é a solução. Isso porque já existem ONGs demais no Brasil, atuando nas mais diversas áreas. Em vez de abrir mais um pontinho no mapa, o melhor é poupar esforços e ir engrossar o time de uma entidade que já existe. Mesmo que você não encontre exatamente o projeto que quer fazer, é melhor entrar para uma ONG do “ramo” e depois de um tempo propor uma nova iniciativa lá dentro. As entidades já têm o “know-how” e os contatos para trabalhar, e pode ser que elas já tenham tentado fazer o que você propõe antes.

Bom, esse prólogo todo é para contar que quero dedicar um tempo da minha semana para ajudar os animais. Andei pesquisando sobre o assunto e nesse fim de semana visitei a ONG Adote um Gatinho, que atua na grande São Paulo. Como é de se imaginar, lá o trabalho é de recolher gatos das ruas, cuidar deles e encontrar um lar para os bichanos.

O mais incrível desse lugar é que o grupo trabalha há 7 anos totalmente na base do voluntariado. Ou seja: ninguém recebe para estar lá, e no entanto a entidade já encontrou uma casa quentinha para mais de 3 mil gatos. No momento, há cerca de 300 bigodes lá esperando um lar ou se recuparando de doenças e feridas de rua. As despesas são pagas através de doações e vendas de produtos da ONG.

No próximo dia 5, o Adote um Gatinho vai fazer um bazar de natal em São Paulo, de onde esperam tirar uma boa quantia para continuar o seu trabalho. Também há outras formas de ajudar, apadrinhando um gatinho ou comprando na lojinha.

E você? Com que causa tem mais afinidade?

Para ajudar quem ajuda

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Já falei aqui antes do Gatoca, com o qual sou eternamente apaixonada. Para quem gosta de gatos, pode apostar: Bia Levischi fala desses animais como ninguém. E como ela tem uma casa com jardim e mais de dois cômodos, pode ajudar também alguns animais que são despejados por aí como se fossem lixo.

A ideia é acolher gatinhos que vivem nas ruas, tratá-los (vacinar, castrar, vermifugar, alimentar com carinho e amor até o bichinho ficar forte de novo) e encontrar um lar perfeito para o mesmo, como aquelas famílias de comercial de margarina, onde o bichano rolará feliz para o resto da vida.

Exmplos de transformação e histórias com finais felizes não faltam, como a da Lily e da Bolota (lembra dela aqui?).

Acontece que caridade e boa intenção (ainda) não são de graça nesse mundo em que vivemos, e para cobrir as despesas, são traçadas diversas estratégias. Um delas é a rifa deste arranhador bacanão e de um relógio que é uma gracinha.

Funciona assim: você escolhe o nome de um bigode famoso entre os que ainda estão disponíveis. Cada um custa R$ 10. Você pode pagar via Banco do Brasil:

BB
Beatriz Levischi
Ag: 1561-X
C/c: 6830905-8

Ou Itaú:

Itaú
Textrina
Ag: 0185
C/c: 08360-7

Depois disso é só mandar um e-mail para bialevischi@yahoo.com.br com essas informações:

* Nome completo (o seu!)
* E-mail
* Telefone
* Bigode(s) famoso(s) escolhido(s)
* Data, hora, valor do depósito e banco

Feito isto, espere o resultado do sorteio de dedos cruzados.

Ah, e se tiver procurando um companheiro ideal, o Jacob está esperando uma família de comercial de margarina.

Para adotar um bichano

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Já falei muito sobre ajuda a animais aqui no blog, mas não custa repetir. Porque é triste demais as pessoas tratarem animais como objetos, do tipo “estragou, joga fora”.

Já vi relatos de pessoas que adotam gatos ou cachorros e depois devolvem, porque o animal é agitado demais, ou quieto demais, ou pequeno demais, grande demais, muito novo, muito velho, não combina com a mobília, estraga a mobília, faz cocô demais, e todo tipo de motivos fúteis.

É uma vida, caramba! Se você tivesse um filho, o abandonaria porque ele ficou doente? Porque bagunça demais? Porque não é como você gostaria?

Muita gente acha que animais, principalmente os gatos, “se viram” bem nas ruas. Que vão se curar sozinhos se ficarem doentes, se secarem automaticamente se tomarem chuva ou mesmo se limparem sozinhos e que a comida brota do chão.

Há gente que quer matar todos as gatas da rua porque elas ficam miando quando estão no cio e não o deixam dormir. Engraçado é que essas mesmas pessoas são contra a castração, a maior estratégia para diminuir a população de rua, já que as pessoas continuam a abandonar os bichanos. Essas pessoas querem o quê? Um botão de mute ou de invisibilidade pra esse problema? Isso é infantilidade.

Bom, mas chega de reclamação. Vamos ao que interessa: fiquei sabendo de mais uma instituição, a PEA, que cuida desses animais. Foi criada pela Gaby Toledo, uma publicitária que se apaixonou por animais ao fazer uma campanha sobre essas criaturas. O Mulher 7 x 7 fez uma entrevista com ela.

No site da PEA há um manual sobre o que fazer quando se encontra um animal abandonado. O difícil é que não há lugar para o qual se possa levar o bichano, já que as ONGs estão superlotadas. O jeito é acolher o animal em casa, com os devidos cuidados, até que um lar definitivo seja encontrado.

Para quem quer adotar um bichinho (opção muito mais sustentável do que comprar), existem sites que divulgam os animais. Há tantos gatos e cachorros para doação, que é possível escolher sexo, cor, raça, idade e temperamento. Algumas opções:

Quero um Bicho – PA, PR, RJ, RS, SC, SP
PEA
– SP
Adote um Gatinho
– SP
Cats of Necropolis – SP
Gatinhos de Toda Parte
– SP, RJ, RS, PR, MG
Bichos Gerais – MG
SOS Bichos – MG

Papelão e animais

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Qualquer um que já colocou gatos e uma caixa de papelão no mesmo ambiente sabe que esse simples objeto é melhor do que manjar de coco para eles. Há tempos eu vinha namorando as casinhas da Caboodle, e até planejei fazer algo semelhante para as duas pestinhas que tenho aqui em casa, mas desanimei.

Agora descobri via Cadê o Atum? que a Ecobichos, uma empresa brasileira, está investindo na mesma ideia. Casinhas para animais feitas de papelão. Práticas, baratas, ecológicas e ainda customizáveis. Não é um charme?

Antes que esse vire um post sobre as minhas gatas, eu fico por aqui.

Senhora e bebê procuram lar

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Bolota tem o nariz pintado

O Gatoca é um dos meus blogs favoritos. Não por falar sobre gatos, tema que adoro, mas pelo jeito único que a Beatriz Levischi escreve e pelo modo como ela vê o mundo. Em Gatoca, os gatos são chamados de bigodes e têm a chance de ter sua vida renovada, sair das ruas para ganhar um lar de comercial de margarina, como diz a Beatriz.

Não é isso que sonharíamos para qualquer menino de rua? Pois lá em Gatoca agora estão a Bolota e uma gatinha linda, da cor azul, muito rara e muito desejada entre os criadores. A pequena ainda está em tratamento, mas Bolota (que foi praticamente salva da morte) já está disponível para a adoção.

Mesmo que você não pretenda ter gatos, ou adotá-las, vale dar uma mão e divulgar, principalmente para a região de São Paulo?

Pense no que você come

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Quando eu estava no 2º ano, tinha um amigo vegan in-su-por-tá-vel. Tudo o que a gente ia comer ele começava a fazer discurso, a gente nem podia degustar um pacote de Passatempo recheado em paz. Hoje, depois de assistir ao vídeo abaixo e de ler muita coisa ao longo dos anos, dou razão a ele.

O vídeo foi gravado secretamente por um ativista contra a crueldade com animais, que passou duas semanas trabalhando na Hy-Line International, a maior granja industrializada do mundo. A “linha de montagem” que vemos separa os machos das fêmeas e simplesmente tritura os pintinhos machos vivos!

Que bom seria se as pessoas parassem para pensar de onde vem a comida que elas comem. E não é só uma questão de amor aos animais não, é uma questão de amor-próprio! Afinal, você confia no “glutamato monossódico”, “citrato de sódio”, “estabilizantes” e “corantes artificialmente aromatizados”? Como que a gente come algo que não consegue entender o que é?

Outro dia vi um vídeo, baseado em pesquisas norte-americanas, que falava que um certo remédio para fazer as vacas produzirem mais leite deixava as tetas das bichinhas inchadas. Vários animais ficavam num estado tão crítico (de dor) que o pus saía no leite. Pus!

Sem falar nos especialistas que afirmam que o modo de criação desumano e completamente artificial dos porcos foi um dos ingredientes básicos da gripe suína.

Não sei, não confio minha alimentação a alguém que preferencialmente quer lucrar com isso. Ou você acha que as empresas de laticínio colocam a saúde e a sustentabilidade antes do faturamento?

Apesar de tudo, não pretendo ser vegan. É algo realmente muito complicado. Por enquanto estou pensando numa forma de pressão para alimentos “cruelty free“. No site da ong que fez o vídeo, a Mercy For Animals, há alternativas, como pressionar as empresas a retirar ovos e outros alimentos que incluem essa rotina violenta das suas receitas. Mais uma pergunta para entrar na lista do SAC.