alimento

De sapos a gatos

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Lucy antes…

Essa primeira foto foi tirada em fevereiro, no dia que eu resgatei a Lucy. Ela estava magrinha, imunda e esfomeada. De lá pra cá ela foi castrada, vacinada, vermifugada, bem alimentada e o principal: ganhou um local seguro para morar e muitos cafunés. Quatro meses depois, eis o resultado:

… e depois

Essa foto de celular não faz jus ao quanto ela está linda e feliz. É um poço de carinho. Pede colo todo dia e criou o hábito de fazer manha quando eu estou de saída pro trabalho. Brinca de lutinha e de pega-pega com as minhas gatas o dia inteiro. Sinceramente, meu coração aperta muito quando penso em doá-la. Como é que eu entrego essa criaturinha para um estranho?

ooohhh

Quando mostrei essa foto para o dono da banca (que se preocupa e pergunta todo dia sobre ela), ele chegou até a perguntar se era a mesma.

Essa comparação é para mostrar o quanto vale a pena ajudar um animal que vive nas ruas, que sofre. A gratidão deles por nós não tem medida. E o meu caso é ainda bem sem graça se comparado a alguns que já aconteceram na AUG. Outro dia vimos uma gata que antes era super agressiva (a ponto de atacar quando as voluntárias tentavam vaciná-la e medicá-la) se desmanchar de dengos diante dos carinhos da sua nova dona. O fato de se sentirem protegidos e amados é tão importante para os animais, que muitos deles mudam de personalidade na casa da família que o adotou.

Em tempo: a AUG está com uma campanha do agasalho para animais. Vale a pena participar.

**ATUALIZAÇÃO:
É claro que no final ela foi adotada. Por mim. A Lucy é minha e ninguém tasca!

Fique muito bravo!

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E faça algo.

1.000.000.000 de pessoas no mundo estão neste momento com tanta fome que não têm forças nem para chorar. 1.000.000.000 de seres como eu e você estão acostumados a acordar e dormir com o estômago doendo, e sem a certeza de que poderão aplacar essa dor. 1.000.000.000 de homens, crianças e mulheres são personagens da história na qual a mãe tem que decidir entre se alimentar ou alimentar a seus filhos.

1 bilhão. Isso é um sexto da população mundial. São mais de cinco Brasis inteiros com fome. É muita gente com fome. Como isso não é uma prioridade mundial??

Existe uma petição internacional para que isso seja exigido. Tá ok, como se os EUA fossem de repente destinar todo o dinheiro que usam em armamentos para tirar a barriga dos pobres da miséria. Eu sei, é utópico acabar com a fome no mundo. Mas nós temos que começar a acreditar. Temos que voltar a nos importar, temos que ficar p*** de raiva por isso estar acontecendo e tomar uma atitude!

Temos que começar a pedir. Temos que começar a falar sobre isso, temos que encher o saco de todo mundo. Porque, quem, em sã consciência deixaria que isso continue a acontecer sem tomar uma atitude a respeito?

Quer uma ação simples, do tamanho diametralmente oposto à sua preguiça? Simplesmente assine.

Foi mal, tou com raiva.

Teste: miojo natureba

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Entrando na onda de uma alimentação mais saudável, minha mãe me surpreendeu outro dia com um pacote de miojo integral. Eu, que estou sofrendo pra achar o que comer (saiba por quê), resolvi experimentar a novidade. E não é que o trem é bom?

Segue uma avaliação (inspirada nos desafios malucos da Lívia Aguiar):

O negócio tem jeito de miojo, é feito como miojo, mas não é miojo. Grande diferença? Não tem glutamato monossódico, um ingrediente que tem a finalidade de realçar o sabor dos alimentos, mas que acaba sendo tóxico. Por isso, o gosto não é tão atrativo como aquele dos miojos tradicionais.

Esse que eu fiz é de funghi, um cogumelo meio amarronzado que é usado em algusns molhos mais chiques. E realmente tem gosto de funghi. Coloquei um salzinho pra dar um gosto a mais e gostei. Pra quem pode, é interessante colocar um queijo parmesão. Deve ficar fino.

O caseirito, como é chamado, é vendido pela Mãe Terra. Na própria embalagem eles destacam a sua filosofia: fazer comida natural de verdade, causando o menor impacto possível ao meio ambiente.

Aí vem um ponto contra: se o objetivo é causar o menor impacto, por que vem uma embalagem de plástico dentro da embalagem? Isso não costuma vir nos miojos comuns, e gera mais lixo. Na bandeijinha não há o símbolo de reciclagem, mas o material parece ser reciclável.

No fim das contas, gostei. Ficou um pouco aguado, mas meus miojos sempre ficam assim. E considerando o tempo que eu não faço um, mereço um desconto.

Essa loja me pareceu bem legal. Minha mãe a encontrou em Pouso Alegre, mas com certeza dever ter em Belo Horizonte também. Junto com tudo, ela trouxe um livrinho com receitas rapidinhas naturais. Gostei da proposta deles. Em vez de adotar hábitos malucos para salvar o planeta, tentar transformar o sustentável em uma opção prática e atrativa para as pessoas.

Da medicina e o que se põe pra dentro

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A ideia do blog não era ser tão pessoal, mas não tem como começar esse texto sem contar alguns fatos da minha vida. Então senta que lá vem história.

Há seis anos, quando estava viajando com duas amigas pelo nordeste, comecei a sentir uma dor de cabeça. Mas não uma dor qualquer, uma dor muito forte, que me impedia até de andar normalmente e sequer conversar. Com a dor vieram náuseas e vômitos e eu entrei em desespero. Era praticamente a primeira viagem que fazia sozinha e estava numa cidade totalmente desconhecida. Achei que fosse morrer. Fomos até um hospital, tomei analgésicos intravenais e chegamos à conclusão que tudo não passava de uma intoxicação alimentar.

Depois disso esqueci o assunto até que, no início de 2006, tive outro episódio semelhante. Estava no bar, com amigos. Fui pra casa, tomei analgésicos, dormi e a dor passou. Mas no mês seguinte senti a mesma coisa. E no outro, e no outro e assim tem sido há quatro anos.

Logo da primeira vez que fui no médico, uma neurologista, fui diagnosticada com exaqueca. Desde então já consultei com cinco médicos diferentes, fiz tomografias, eletroencefalogramas, sessões de acupuntura, tomei remédios como antidepressivos, controladores de pressão, antilabirínticos, anticonvulsivos e até uma injeção na base do crânio. Atualmente, as crises são quinzenais.

Colocando pra dentro

Eu devo ter ido a cerca de 20 consultas e, em NENHUMA delas, o profissional da saúde tratou sobre a minha alimentação. Todos os tratamentos (exceto a acumpultura, que foi iniciativa minha) eram feitos a base de remédios. As consultas seguiam um padrão:
“e então, como estão as dores?”
“continuam”
“então vou mudar seu remédio”.

De fato, a fé nos remédios é tão grande, que um médico chegou a dizer pra mim: “bom, se você não tem melhora com esse medicamento, então seu caso não tem solução”.

Quando a questão da alimentação era tratada, me perguntavam se eu sentia que determinado alimento desencadeava as crises. Mas senti que nunca fui tratada como uma pessoa, e sim como um laboratório de testes. Se esse medicamento não funciona, tentaremos com aquele, ou uma dose maior. Nunca procuraram saber como meu intestino funciona, e nem sequer o que eu acho que desencadeia as crises.

Alexandre Feldman diz: você é o que você come

Mudando tudo

Já tinha desistido de tratar minha enxaqueca, e passei simplesmente a conviver com o problema e me entregar à dor nos momentos de crise. Até que um dia minha mãe apareceu com um livro chamado: “Enxaqueca – Finalmente uma Saída“, de Alexandre Feldman. A princípio não dei muita importância, pois me remetia à auto-ajuda ou àqueles charlatões que oferecem fórmulas milagrosas. Mas um dia em que tive uma crise particularmente forte, comecei a ler.

E devorei o livro em dois dias.

O autor fala exatamente o que eu penso. Será que a medicina não santifica os medicamentos? Os remédios são realmente a única saída, a ponto de se dizer que se eles não funcionam, não há mais cura? A alimentação e o funcionamento do corpo devem ser ignorados ou mesmo deixados em segundo plano durante o tratamento? Não seria a alimentação o fator principal da saúde humana?

Me lembro sempre de um comercial nessas horas. A Suzana Vieira chega em casa e diz: “minha vida anda tão corrida, que meu remédio para dor de cabeça não me acompanha mais. Por isso eu mudei para tal remédio, mais eficaz”. Como assim??? Dor costuma ser uma sinal de que algo está errado!

O problema é que engolir uma pílula e esquecer a dor é muito mais fácil do que mudar todos os seus hábitos, principalmente os alimentares. Alexandre Feldman faz a mesma constatação, e propõe uma mudança radical: cortar todos os alimentos que conhecidamente aumentam as taxas de hormônios que disparam a enxaqueca.

E isso é bem complicado, dado que um dos maiores vilões já é bem conhecido de todos: o açúcar. No final das contas, o açúcar aumenta a atividade cerebral (quem já engoliu um balde de balas quando era criança sabe bem disso). Pra quem tem enxaqueca, isso é uma receita de crise, que nada mais é do que hiperatividade cerebral. O problema é que não basta cortar o açúcar, já que os carboidratos que ingerimos também se transformam nessa substância, em velocidades diferentes, dependendo do tipo de alimento.

A atuação dos hormônios é bem complexa, e no livro o autor vai até a pré-história para explicar porque parece que estão arrancando meu cérebro com um fórceps a cada 15 dias. Mas o final a proposta é essa: passar a prestar atenção em você de verdade. Pensar que glutamato monossódico e remédios talvez realmente não sejam a única ou melhor escolha. E, com dor ou sem dor, tentar pular fora dessa ciranda maluca na qual a medicina nos meteu.

Já comecei a mudar o que eu como, e espero em breve ter boas notícias.

Haiti: como ajudar

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No dia 12 de janeiro deste ano, Porto Príncipe, a capital do Haiti, ficou coberta de cal e sangue. “A cidade parecia uma nuvem de poeira” contou um brasileiro que estava no local. Um terremoto de magnitude 7,3 na escala Richter atingiu uma das regiões mais populosas do país. Os mortos chegam a 14 mil, e a tragédia já é a quarta maior na história dos terremotos na América Latina.

Pais, mães, filhos, namorados, sobrinhos e amigos vagam nas ruas tentando encontrar quem amam. No blog de um grupo de estudantes da Unicamp, que está no local, diz que “desde ontem a população dorme nas ruas, e períodos de silêncio são entrecortados por cânticos e clamores, sobretudo após os tremores”.

O Brasil também sofreu grandes perdas: além de 11 militares que estavam a serviço no país, morreu Zilda Arns, uma mulher de 75 anos que salvou milhares de crianças com a simplicidade de um soro caseiro, e que estava ali voluntariamente. Ela foi a criadora das Pastorais da Criança e dos Idosos.

Há várias formas de ajudar, sobretudo enviando dinheiro:

Cartão de crédito

No site da Oxfam America, é possível doar quantias de US$ 35 a US$ 5 mil.

No Yele Haiti Fund, você colabora apenas uma vez ou pode criar um plano de pagamento. As quantias fizas vão de US$ 25 a US$ 300, mas é possível doar mais.

A Cruz Vermelha dos Estados Unidos e a Mercy Corps também aceitam doações pelo site.

Depósito bancário

A ONG Viva Rio, que desenvolve projetos no Haiti, abriu uma conta para arrecadar doações:

Banco do Brasil
Agência 1769-8
Conta 5113-6

A Cruz Vermelha do Brasil também está recebendo fundos para ajudar as vítimas:

Banco HSBC
Agência 1276
Conta 14526 – 84
CNPJ 04.359688/0001-51.

Essas informações foram retiradas do Estadão, portanto, acredito que são verídicas. Mas eles alertam:

Cuidado com fraudes

O FBI soltou um comunicado na quarta-feira, 13, alertando para as pessoas tomarem cuidado com falsas campanhas de caridade na internet. “As tragédias anteriores trouxeram indivíduos com intenções criminosas para solicitar contribuições”, afirmou.

Na nota, o FBI dá dicas para “ter olho crítico” e conseguir reconhecer uma campanha de caridade falsa.

O Estadão também traz uma comparação mostrando como ficou o palácio presidencial:

Fotos: AP e Reuters. Montagem: Estadão

.Mais do que edifícios, o centro político do Haiti foi atingido. O Congresso também sofreu sérios danos, abalando ainda mais a estabilidade da primeira república negra do mundo.

Otávio Calegari Jorge, um dos brasileiros da Unicamp que está lá, traz uma nova noção ao que poderia parecer apenas mais uma tragédia: “O que presenciamos ontem no Haiti foi muito mais do que um forte terremoto. Foi a destruição do centro de um país sempre renegado pelo mundo. Foi o resultado de intervenções, massacres e ocupações que sempre tentaram calar a primeira república negra do mundo. Os haitianos pagam diariamente por esta ousadia”.

Agora podemos ajudar. Mas e daqui a um ano, ainda vamos nos lembrar do Haiti? É nisso que vale a pena pensar.

Atualização:

Os posts no blog dos pesquisadpores da Unicamp são realmente únicos por sua visão do que ocorreu e do que vai ficar. Tomo a liberdade de transcrever mais um trecho:

“A ONU gasta  meio bilhão de dólares por ano para fazer do Haiti um teste de guerra. Ontem pela manhã estivemos no BRABATT, o principal Batalhão Brasileiro da Minustah. Quando questionado sobre o interesse militar brasileiro na ocupação haitiana, Coronel Bernardes não titubeou: o Haiti, sem dúvida, serve de laboratório (exatamente, laboratório) para os militares brasileiros conterem as rebeliões nas favelas cariocas. Infelizmente isto é o melhor que podemos fazer a este país.

Hoje, dia 13 de janeiro, o povo haitiano está se perguntando mais do que nunca: onde está a Minustah quando precisamos dela?

Posso responder a esta pergunta: a Minustah está removendo os escombros dos hotéis de luxo onde se hospedavam ricos hóspedes estrangeiros. (…) A realidade, no entanto, já nos mostra o desfecho dessa tragédia – o povo haitiano será o último a ser atendido, e se possível. O que vimos pela cidade hoje e o que ouvimos dos haitianos é: estamos abandonados.”

Doe comida com um clique!

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Responda às perguntas e doe comida!
Responda às perguntas e doe comida!

No mesmo estilo do Free Kibble Kat, o Free Rice tem como foco as pessoas.

Tudo o que você tem a fazer é responder a uma questão de múltipla escolha. Se acertar, doa 10 grãos de arroz para o Programa de Alimentação das Nações Unidas.

É bacana, que você pode ir juntando tigelas e mais tigelas de arroz. A parte ruim é que você só doa quando acerta. Mas como as questões se repetem, dá pra aprender um pouco também.

O quiz é em inglês, e traz sinônimos de palavras. Algumas fáceis pra quem entende a língua, outras difíceis.

Fica a dica!