desastres naturais

Onde está o seu lixo?

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Sabe onde vai parar aquela tampinha, aquele lixo inocente que as pessoas jogam na rua?

Ela é carregada por milhares de quilômetros, através de esgotos, rios, mares, oceanos, boiando nas correntes marítimas. E aí, no meio do caminho entre o continente americano e a Ásia, ela para nas praias de uma ilha. A ilha Midway.

E eis o que acontece quando os pássaros da ilha de Midway se encontram com a montanha de lixo que produzimos todos os dias:

O fotógrafo Chris Jordan pretende lançar este ano um documentário sobre a ilha. O vídeo acima é o trailler.

Acho que a gente precisa refletir não só sobre o lixo que a gente joga ou não na rua. Mas sobre o fato de que todo o lixo que produzimos vai para algum lugar. Principalmente o plástico. Dá para imaginar que todo o plástico já produzido e usado no mundo está intacto em algum lugar? (afinal, o material leva mais de um centena de anos para se decompor, mais tempo do que o que passou desde a sua invenção). Aquela tampinha da primeira coca-cola que você tomou, onde está? E aquele celular tijolão que você já teve? Tem componentes de plástico, onde estarão? E aquela boneca ou carrinho, que era o seu favorito? Está num lixão? Flutuando num oceano? Numa ilha?

Via Blog do Tas

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Gostou do post? Leia mais:
Seja materialista
A praia de plástico
A era da estupidez

Belo Monte: a gota d’água

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O movimento contra a construção da usina de Belo Monte ganhou aliados poderosos: atores globais!

Ei dona Dilma e pessoal do “desenvolvimento acima de tudo”: vocês a acham que podem tudo? O povo pode mais! (tá ok, empolguei)

É a Gota D’ Água +10 from Movimento Gota d’ Agua on Vimeo.

Vale a pena entrar no site Gota D’água e assinar o manifesto.

Também vale conhecer o blog Belo Monte de Violências, do brilhante procurador da República no Pará, Felício Pontes Jr. Por si só esse site já vale outro post.

Sobre o novo código florestal

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Está sendo aprovado à pressas no Congresso. Acredito que esse tema mereça uma discussão mais ampla com a sociedade.

Esse vídeo explica bem didaticamente o que é o atual código, e as mudanças que estão sendo propostas:

Sei que queremos um país próspero. Mas o agronegócio precisa passar por cima da preservação ambiental? O que aconteceu com aquele discurso que todos amam, de “desenvolvimento com sustentabilidade”?

Se você, como eu, acredita que essas alterações não devem ser feitas, assine a petição no Avaaz.

Vi no Página 22.

A era da estupidez

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Em uma sala de arquivo perdida em um mundo devastado um homem vê vídeos antigos. As imagens, de menos de 50 anos no passado, mostram que a população do planeta conhecia as causas que os levou à extinção. A população dispunha de meios para se salvar, mas caminhou com determinação para o extermínio em massa. “É como se eu estivesse olhando para as pessoas na praia, através de um binóculo. Elas estão muito concentradas e fortemente enraizadas na pequena porção de areia embaixo de seus pés. Enquanto uma grande tsunami se aproxima no mar”, diz o homem que observa os vídeos.

Esse é o enredo do filme “A Era da Estupidez” (Age of Stupid), lançado pelo diretor Franny Armstrong, que conta com o ator Pete Postlethwaite no papel principal. O longa mostra vários documentários, já ganhou seis prêmios e realmente vale a pena baixar e ver. Eis o trailler:

 

 

Haiti: como ajudar

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No dia 12 de janeiro deste ano, Porto Príncipe, a capital do Haiti, ficou coberta de cal e sangue. “A cidade parecia uma nuvem de poeira” contou um brasileiro que estava no local. Um terremoto de magnitude 7,3 na escala Richter atingiu uma das regiões mais populosas do país. Os mortos chegam a 14 mil, e a tragédia já é a quarta maior na história dos terremotos na América Latina.

Pais, mães, filhos, namorados, sobrinhos e amigos vagam nas ruas tentando encontrar quem amam. No blog de um grupo de estudantes da Unicamp, que está no local, diz que “desde ontem a população dorme nas ruas, e períodos de silêncio são entrecortados por cânticos e clamores, sobretudo após os tremores”.

O Brasil também sofreu grandes perdas: além de 11 militares que estavam a serviço no país, morreu Zilda Arns, uma mulher de 75 anos que salvou milhares de crianças com a simplicidade de um soro caseiro, e que estava ali voluntariamente. Ela foi a criadora das Pastorais da Criança e dos Idosos.

Há várias formas de ajudar, sobretudo enviando dinheiro:

Cartão de crédito

No site da Oxfam America, é possível doar quantias de US$ 35 a US$ 5 mil.

No Yele Haiti Fund, você colabora apenas uma vez ou pode criar um plano de pagamento. As quantias fizas vão de US$ 25 a US$ 300, mas é possível doar mais.

A Cruz Vermelha dos Estados Unidos e a Mercy Corps também aceitam doações pelo site.

Depósito bancário

A ONG Viva Rio, que desenvolve projetos no Haiti, abriu uma conta para arrecadar doações:

Banco do Brasil
Agência 1769-8
Conta 5113-6

A Cruz Vermelha do Brasil também está recebendo fundos para ajudar as vítimas:

Banco HSBC
Agência 1276
Conta 14526 – 84
CNPJ 04.359688/0001-51.

Essas informações foram retiradas do Estadão, portanto, acredito que são verídicas. Mas eles alertam:

Cuidado com fraudes

O FBI soltou um comunicado na quarta-feira, 13, alertando para as pessoas tomarem cuidado com falsas campanhas de caridade na internet. “As tragédias anteriores trouxeram indivíduos com intenções criminosas para solicitar contribuições”, afirmou.

Na nota, o FBI dá dicas para “ter olho crítico” e conseguir reconhecer uma campanha de caridade falsa.

O Estadão também traz uma comparação mostrando como ficou o palácio presidencial:

Fotos: AP e Reuters. Montagem: Estadão

.Mais do que edifícios, o centro político do Haiti foi atingido. O Congresso também sofreu sérios danos, abalando ainda mais a estabilidade da primeira república negra do mundo.

Otávio Calegari Jorge, um dos brasileiros da Unicamp que está lá, traz uma nova noção ao que poderia parecer apenas mais uma tragédia: “O que presenciamos ontem no Haiti foi muito mais do que um forte terremoto. Foi a destruição do centro de um país sempre renegado pelo mundo. Foi o resultado de intervenções, massacres e ocupações que sempre tentaram calar a primeira república negra do mundo. Os haitianos pagam diariamente por esta ousadia”.

Agora podemos ajudar. Mas e daqui a um ano, ainda vamos nos lembrar do Haiti? É nisso que vale a pena pensar.

Atualização:

Os posts no blog dos pesquisadpores da Unicamp são realmente únicos por sua visão do que ocorreu e do que vai ficar. Tomo a liberdade de transcrever mais um trecho:

“A ONU gasta  meio bilhão de dólares por ano para fazer do Haiti um teste de guerra. Ontem pela manhã estivemos no BRABATT, o principal Batalhão Brasileiro da Minustah. Quando questionado sobre o interesse militar brasileiro na ocupação haitiana, Coronel Bernardes não titubeou: o Haiti, sem dúvida, serve de laboratório (exatamente, laboratório) para os militares brasileiros conterem as rebeliões nas favelas cariocas. Infelizmente isto é o melhor que podemos fazer a este país.

Hoje, dia 13 de janeiro, o povo haitiano está se perguntando mais do que nunca: onde está a Minustah quando precisamos dela?

Posso responder a esta pergunta: a Minustah está removendo os escombros dos hotéis de luxo onde se hospedavam ricos hóspedes estrangeiros. (…) A realidade, no entanto, já nos mostra o desfecho dessa tragédia – o povo haitiano será o último a ser atendido, e se possível. O que vimos pela cidade hoje e o que ouvimos dos haitianos é: estamos abandonados.”

Projeto Enchentes

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O projeto traz um mapa colaborativo

Depois desses últimos desastres que se repetem nesse início de ano, e que mataram pelo menos 52 pessoas que estavam comemorando o reveillon, surgiu uma iniciativa bacana na internet.

Trata-se do Projeto Enchentes. Com uma movimentação que começou no Twitter com a @cristalk, a ideia foi crescendo e ganhou espaço próprio na rede.

O objetivo é reunir informações sobre desastres decorrentes das chuvas, locais de entrega de doações, áreas de risco, rotas alternativas e outros serviços úteis. Um destaque é o mapa colaborativo. Todos podem alterar o aplicativo do Google Maps para adicionar novas localidades envolvidas.

O projeto aliás, pede a colaboração de todos. Quem tiver vídeos, fotos, informações e puder ajudar, é bem-vindo.