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Gritos da Liberdade

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Você, eu, milhares de pessoas sabem os seus motivos para estar nas ruas. Cada um protesta a sua própria maneira e pelas causas que acredita. Embora nem todos concordemos sobre o que deve ou não ser prioridade.

Porém, como em junho, temos um denominador comum: temos o direito de estar nas ruas. Temos o direito de nos manifestarmos. E esse direito tem sido sistematicamente violado através da violência policial.

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Por que Gabriela gostava da palavra “puta”

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Nós inventamos nomes para as coisas que julgamos sujas. Merda, viado, cu, boceta, puta. São os nomes feios, das coisas que devem se manter longe e escondidas. Das coisas que não devem ser mencionadas. E nem escritas.

Gabriela não pensava assim. Ela pensava que o estigma das prostitutas aumentava porque a palavra “puta” era considerada um palavrão. Ela gostava dessa palavra e defendia que as putas fossem chamadas assim.

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Para quê Oscar?

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“- Por que eu deveria ir ao Oscar? O que é o Oscar, o que querem que aconteça lá? Eu já fui, já vi, não fiquei muito satisfeito, e aí está”.

É assim que o ator argentino Ricardo Darín começa a sua entrevista numa espécie de talk show do seu país, respondendo às críticas por não ter . Eu já o admirava por suas interpretações em Um Conto Chinês, A Dançarina e o Ladrão e Elefante Branco, mas o posicionamento do artista sobre vários assuntos me faz admirá-lo ainda mais. Alguns atores simplesmente são muito mais que talento e rostinho bonito. Têm um conteúdo enorme.

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O abismo é maior do que parece

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Calma, não estou falando de depressão. Mas a história não é muito feliz.

Topei com um vídeo que mostra de maneira bem simples a desigualdade econômica nos EUA. Ele mostra como as pessoas acham que é a distribuição de renda no país, como elas acham que deveria ser e como – e isso é mais chocante – de fato é.

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Todos às ruas!

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Precisa falar alguma coisa mais?

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Para entender o que aconteceu no 13 de junho:

E mais:
Do sonho ao vandalismo e à brutalidade (excelente reportagem da ISTOÉ)

24 momentos do 13 de junho que você não vê na TV

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Você precisar de mais argumentos, uma coletânea dos melhores textos:

O pior relato do 13 de junho (policiais deixaram manifestante semi-nua no meio da rua)

Sopro de primavera antes da festa da Fifa

Manifestações de apoio marcadas na Europa

Governo de Minas proíbe manifestações em todo o estado

Milhares já escolheram os sapatos que não vão apertar (sobre a cobertura da mídia)

O lado do policial

Página do evento de hoje em SP (Facebook)

A hora é agora! Se você mora em São Paulo, encontre-nos hoje (17 de junho) no Largo da Batata às 17h. Se você mora em outra cidade, informe-se sobre os protestos que ocorrerão ou organize-os. Se você tiver medo de participar (é normal), coloque um pano branco na janela em solidariedade às vítimas da PM.

Pelo direito a um transporte público de qualidade!

Pelo direito à manifestação sem repressão!

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Racismo na prática

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Alguém ainda acredita que não existe mais racismo?
Então olha esse vídeo que uma TV americana fez:

Traduzindo para o português: eles esconderam uma câmera num parque. Aí colocaram um ator branco quebrando a corrente de uma bicicleta. Quando as pessoas perguntavam, o cara assumia que a bicicleta não era dele.
Aí trocaram por um ator negro, da mesma idade, com o mesmo tipo de roupa, na mesma situação. As reações com um e outro são bem diferentes.
O bacana é refletir, como o próprio nome do programa diz: como você agiria se estivesse passando na hora?

Onde está o seu lixo?

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Sabe onde vai parar aquela tampinha, aquele lixo inocente que as pessoas jogam na rua?

Ela é carregada por milhares de quilômetros, através de esgotos, rios, mares, oceanos, boiando nas correntes marítimas. E aí, no meio do caminho entre o continente americano e a Ásia, ela para nas praias de uma ilha. A ilha Midway.

E eis o que acontece quando os pássaros da ilha de Midway se encontram com a montanha de lixo que produzimos todos os dias:

O fotógrafo Chris Jordan pretende lançar este ano um documentário sobre a ilha. O vídeo acima é o trailler.

Acho que a gente precisa refletir não só sobre o lixo que a gente joga ou não na rua. Mas sobre o fato de que todo o lixo que produzimos vai para algum lugar. Principalmente o plástico. Dá para imaginar que todo o plástico já produzido e usado no mundo está intacto em algum lugar? (afinal, o material leva mais de um centena de anos para se decompor, mais tempo do que o que passou desde a sua invenção). Aquela tampinha da primeira coca-cola que você tomou, onde está? E aquele celular tijolão que você já teve? Tem componentes de plástico, onde estarão? E aquela boneca ou carrinho, que era o seu favorito? Está num lixão? Flutuando num oceano? Numa ilha?

Via Blog do Tas

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Gostou do post? Leia mais:
Seja materialista
A praia de plástico
A era da estupidez

Financie pequenos agricultores e empresários

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Às vezes, tudo o que uma pessoa precisa é de um pequeno empurrãozinho financeiro para começar seu negócio. Algo da ordem de R$ 5 mil ou até mesmo R$ 500,00 para comprar suprimentos e montar uma lojinha. O que acontece é que muitas vezes esses micro micro agricultores ou empresários ao redor do mundo não têm sequer uma conta no banco, que dirá acesso a crédito na praça.

É aí que surgiu o microcrédito, um conceito que surgiu na Índia e tem como objetivo dar esse voto de confiança inicial que essas pessoas precisam.

Mas e você com isso? Você agora pode colaborar emprestando dinheiro para as companhias de microcrédito. Funciona assim: você entra no site da Kiva e escolhe um projeto para financiar. As quantias variam, mas é possível começar com 25 dólares. A Kiva empresta esse dinheiro para um empresa de microcrédito local e quando a quantia desejada for atingida, esse dinheiro é emprestado para o pequeno agricultor ou comerciante (a maioria dos projetos estão na África ou países mais pobres da América Latina). Quando o agricultor conseguir fazer seu dinheiro render, ele paga o empréstimo de volta e você também recebe o seu dinheiro de volta.

E então pode financiar mais um projeto e fazer tudo girar novamente.

Um bilhão se ergue em São Paulo

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Uma em cada três mulheres será espancada ou estuprada durante a sua vida. Considerando que o mundo tem mais de 3 bilhões de pessoas do sexo feminino, isso dá pelo menos 1 bilhão de mulheres feridas.

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Um bilhão de mulheres violadas é uma atrocidade.

Mas um bilhão de mulheres dançando é uma revolução.

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Nesse sábado, 16 de fevereiro, mulheres e homens de São Paulo se erguerão pelo fim da violência contra a mulher.

E você?

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Página do evento no Facebook
Site oficial
Evento em Recife
Evento em Curitiba

Dois anos de retiro e um aprendizado

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Estou viciada no Papo de Homem. E um portal feito inicialmente para atender ao público masculino, mas que acaba trazendo assuntos que são do interesse de todos, como mente e meditação.

Num dos últimos posts eles soltaram um vídeo com o Henrique Leme, um cara que ficou dois anos em retiro de meditação com mais duas pessoas. Ao contrário de outros expoentes do budismo, ele não usa túnicas cor de açafrão, mas roupas como a nossas. Essa postura de abertura e humildade se reflete ao longo de todo o vídeo. Vale muito a pena ver até o fim.

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Gostou do post? Leia mais:
O que realmente é a meditação
Faça nada por dois minutos
Maquininha de transformação

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Senso de injustiça é o básico

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Essa palestra do pesquisador Frans de Waal é bem interessante.

Ele mostra vários testes de comportamento animal que provam que macacos, elefantes e outros mamíferos sentem empatia, têm senso de colaboração e ficam fulos da vida se acham que estão sendo injustiçados.

Um dos melhores experimentos demontra na prática o que é receber um salário de R$ 600,00 enquanto a madame do outro lado da cidade recebe uma pensão de R$ 60 mil, e o que isso desperta nas pessoas. Quer ver? Avance até os 12 minutos e 44 seg.:

Pois é. Como disse Frans, o macaco da esquerda é aquele pessoal do Occupy Wall Street.

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Gostou do post? Leia mais:
Um comentário sobre a crise grega
O manifesto de José Saramago
O fio da história

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Você ama o que faz?

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Não sei se a maioria das pessoas já percebeu isso, mas temos um grande choque geracional em curso. Muitas pessoas nos seus 20 – 30 anos hoje se sentem frustradas em seus empregos, simplesmente porque sentem que não há uma troca produtiva entre elas e seus chefes, eles na casa dos 50 – 60 anos.
Isso não é exclusivo do jornalismo ou mesmo do Brasil.
Acho que o vídeo abaixo ajuda a jogar alguma luz sobre a questão.

Pagando para poluir

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Quando o mercado de créditos de carbono surgiu, muita gente ficou satisfeita. Afinal, que ideia melhor do que dividir a quantidade total de carbono que podemos emitir em pequenas porções que podem ser trocadas?
Anie Leonard, minha heroína pessoal, lança mão mais uma vez de desenhos fofinhos para explicar porque essa não é uma boa ideia.

Vale a pena ver também:
A história das coisas
A história da crise
Projeto A história das coisas (inglês)

O que realmente é a meditação?

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Muita gente associa a meditação ao tédio, ao gesto ficar horas sentado simplesmente não pensando ou sentindo nada. Outra parte das pessoas associa essa prática a um estágio de iluminação, que só pode ser atingido por pessoas que passam a vida em mosteiros tibetanos ou que seguem à risca a religião busdista.

Mas não é tão complicado assim. Com vocês, o monge Mingyur Rinpoche, que foi quem melhor conseguiu explicar o que realmente é a meditação (além de ter um sotaque fofo e umas expressões divertidíssimas).

O vídeo abaixo é em inglês (com sotaque tibetano), então eu tomei a liberdade de traduzir os melhores trechos:

What meditation really is – Mingyur Rinpoche from WhatMeditationReallyIs on Vimeo.

Nós costumamos dizer que a nossa mente é como um macaco. Algo que eu chamo de mente-macaco-maluco (crazy monkey mind é a expressão que ele usa, bem melhor). E normalmente essa mente-macaco é quem manda na nossa vida. Tudo o que você faz e tudo o que você aprende começa na mente. A mente lidera tudo.

E em nossas vidas, nós sabemos como conduzir as coisas, como gerenciar tudo, mas não sabemos como conduzir nossas mentes, como treinar nossas mentes. Não sabemos como aprender sobre as nossas mentes, como nos familiarizar com as nossas mentes. Então a meditação é aprendeer a lidar com a mente, conhecer a sua natureza. E também a guiar a mente e treiná-la.

Eu dou um exemplo. (Aí ele começa com os gestos e caras, vou tentar reproduzir) Temos a mente-macaco, que fica falando na nossa cabeça. E normalmente o que você faz? Duas coisas. A primeira é dizer “sim-senhor”, e a mente-macaco continua com o seu falatório e acaba por te deixar louco. A segunda coisa que fazemos é odiar esse falatório, e dizer: “cala a boca, me deixe em paz!”. E quando você luta com a mente-macaco ela começa a falar mais alto e a ficar mais forte.

 Em nossas vidas, nós sabemos como gerenciar
tudo, mas não sabemos como conduzir nossas
mentes, como treinar nossas mentes”

Algumas pessoas pensam que a meditação é se sentar, não pensar em nada e bloquear todos os pensamentos e emoções. Outras pessoas pensam que a meditação é se elevar, pensar em paz. Não é assim.

Então o que é a meditação? Não é dizer “vai embora” para a sua mente, ou seja, não é lutar, e também não é dizer “sim senhor”. Faça amizade com ela. Como fazer amizade? Para se fazer amigos você precisa ter algo em comum. Algo que você goste e o seu amigo goste também. E o que a mente-macaco adora? Trabalho. Resolver problemas, o tempo todo. A mente-macaco é muito ativa, e sem trabalho ela semplesmente vai inventar algo para fazer. Então o que você deve fazer? Dar um trabalho para a mente-macaco. E isso é meditação. Você está guiando e treinando a sua mente. Assim a sua mente se torna calma, pacífica e maleável.

Se você dá um trabalho para a mente-macaco é uma situação em que todos saem ganhando. A mente-macaco fica feliz, porque conseguiu um trabalho, e você fica feliz, porque se torna o chefe. A mente-macaco passa a ser sua funcionária e você o empregador. E assim você ser torna livre, você se liberta.”

Quem quiser saber mais sobre meditação, sugiro esses links:

Em inglês:
Portal dos seguidores do Mingyur Rinpoche, com vários vídeos
O que a meditação realmente é

Em português:
Lama Padma Samten ensina como começar a meditar

Boa prática!

Projetado para estragar – ou porque as coisas não duram mais

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Você já se perguntou porque os objetos e móveis hoje em dia duram tão pouco? Já se foi o tempo em que minha mãe dizia: essa geladeira tem mais de 20 anos, nós compramos quando nos casamos. Ou: esse conjunto de cadeiras foi da minha avó. Os objetos hoje em dia não parecem durar o mesmo tanto.

Será que isso tem um motivo?

Acertou quem disse sim. Com vocês, a Obsolescência Programada:

Para quem ficou com preguiça de ver o vídeo (vale muito a pena), eu explico. A Obsolescência Programada nada mais é do que uma tática comercial muito engenhosa. No começo do século XX, os fabricantes perceberam que quanto menos durava um produto, mais produtos as pessoas teriam que comprar para repor o que estragou. E mais produtos vendidos significa mais lucro. Falando em números fictícios, eles perceberam que era mais vantajoso comercialmente vender em um ano duas lâmpadas que durassem seis meses do que uma que durasse 12 meses. Entenderam a jogada?

Não sou eu que estou inventando isso. Vocês podem conferir com especialistas de uns cinco países diferentes no vídeo e em outras fontes. O fato é que as coisas não passaram a durar menos por acaso. Elas foram projetadas para durar menos. Os efeitos nocivos são óbvios. Mais coisas compradas, mais coisas descartadas = mais lixo e menos recursos naturais. Estamos nessa ladainha há décadas. Sem falar no fator alienante de se sentir um robozinho comandado pela indústria.

A saída para essa cilada? Tomar consciência do problema já é um primeiro passo. Um segundo é começar a pensar em consertar as coisas ao invés de comprar novas, como faz o cara de Barcelona com a impressora. Quer saber mais? Deixa de preguiça e assista ao vídeo.